Leonardo di Caprio produz documentário sobre os trágicos incêndios de Pedrógão Grande

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17 de junho de 2017. O país anoitece com a notícia de que várias pessoas tinham falecido num trágico incêndio, em Pedrógão Grande. Nos dias seguintes, as chamas continuaram a fustigar os concelhos vizinhos, destruindo casas, sonhos e a vida a 66 pessoas.

Esta tragédia de enormes dimensões correu mundo e, agora, é o tema de um documentário produzido pelo ator e produtor Leonardo DiCaprio, novidade anunciada, esta terça-feira, pela Day Zero Productions, pela produtora Sugar23 e pela P&G Studios.

O ator tem utilizado todo o seu mediatismo para chamar à atenção para as alterações climáticas, pelo que pegou nos incêndios de Pedrógão Grande para uma curta-metragem.

“From Devil’s Breathe”, integrada na série documental “The Tipping Point”, sobre a emergência climática, “conta a improvável história na primeira pessoa de duas narrativas que colidem; a extraordinária comunidade de sobreviventes dos incêndios mortíferos de 2017 em Portugal, a lutar para garantir que o que viveram nunca mais aconteça; e uma descoberta científica revolucionária que pode ajudar a proteger-nos a todos da emergência climática”.

O ator e produtor Leonardo DiCaprio, em declarações à revista “Time”, afirmou que “esta importante história é emocionante, poderosa e oportuna, e tenho orgulho de fazer parte dela. Tenho esperança que este filme inicie uma conversa, que nos inspire a tomar uma atitude”.

Vencedor de um Óscar pelo documentário “The White Helmets” (2016), Orlando von Einsiedel foi o realizador de “From Devil”s Breath” e admitiu que, “enquanto pai” este “foi um filme profundamente emocional”, referindo-se aos relatos que ouviu sobre os incêndios florestais, no quais morreram mais de 60 pessoas. A maioria das mortes ocorreu na estrada nacional 236-1, que liga Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.

Ao contar a história dos incêndios de junho de 2017, o realizador testemunhou como a “emergência climática está a destruir inúmeras vidas”, um projeto que lhe “deixou uma marca visceral” e que o forçou a pensar “sobre o mundo que estamos a construir”. Ainda assim, este também foi “um filme extremamente inspirador de se fazer”, disse à Time.

Para já, o documentário tem duas exibições marcadas na cimeira do clima em Glasgow, a COP26, e ainda não há previsão para que chegue a Portugal.

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