Habituado aos holofotes da televisão, é no Alentejo, mais concretamente em Vila Boim, que Cláudio Ramos se encontra consigo mesmo.“Faz-me bem perceber que aquela gente fala a minha linguagem”, diz, com a maior das simplicidades, uma das figuras mais conhecidas dos ecrãs portugueses. Com uma carreira de mais de uma década construída a pulso, Cláudio Ramos não se vê como um comentador do social. “Serei, se tiver de ir por aí, um especialista mediático”. Porém, acima de tudo, é o verdadeiro self-made man. Depois de ser considerado pelos leitores da revista LUX como o 2º homem mais sexy de Portugal no ano de 2013, aceitou o nosso desafio, para surgir mais sexy que nunca!
SP Mag – Começou na televisão como ator, mas foi com o programa Noites Marcianas, na SIC, que saiu completamente do anonimato e trilhou uma carreira. Treze anos volvidos, como olha para o seu percurso?
Cláudio Ramos – Com orgulho. Foi um caminho de crescimento, feito lentamente, muitas vezes quase parado e outras a recuar. Faz parte desta profissão. Mas o saldo é muito positivo. Viver e fazer uma vida confortável graças a um trabalho que se escolheu e se gosta é nos dias de hoje um privilégio.
É conhecido pelo seu estilo acutilante e sem papas na língua na televisão. Também é assim fora do ecrã?
Não! Não sou fora do ecrã como sou na televisão. Não ando aos pulos nem aos gritos. Mas sou franco e honesto, sempre. Não acredito que o facto de ser acutilante no dia-a-dia me traga alguma mais-valia, mas ser verdadeiro e honesto sim. A acutilância é uma característica que facilmente se confunde com má educação. É preciso saber ser acutilante com discernimento.
De onde vem a sua perspicácia?
Da minha educação. Fui educado a aprender a “desbravar” o meu caminho. Não percebo quem não o faz, não aceito quem fica quieto em casa ou a viver à sombra de uma oportunidade. Sou literalmente um self-made man e tenho o maior orgulho nisso e muito respeito por quem consegue fazer o mesmo. Nunca me ofereceram nada. Fui atrás de tudo o que tenho e tudo o que consegui foi com esforço e dedicação. Tenho um instinto fortíssimo e uma intuição muito apurada, talvez daí surja tanta perspicácia.
Tem mais vantagens ou desvantagens em ser figura pública? Porquê?
Vantagens e quem diz o contrário está a mentir. Estamos em Portugal, o dia em que as pessoas não quiserem ser faladas nem fotografadas ficam em casa e seguem outro caminho. O absurdo de se sentirem “assediados” é um disparate. Vão a Badajoz comprar caramelos e lá ninguém os conhece.
Temos observado uma mudança na sua imagem ao longo dos anos. Adotou um estilo mais fashion e trendy. Foi uma necessidade ou uma obrigação devido a ter uma profissão que obriga a exposição pública?
Foi obviamente uma necessidade que foi ao encontro do meu gosto. Não fazia sentido manter o estilo que tinha, se o “ar que respiro” se identifica mais com este. Não faço nada por obrigação neste tipo de coisas, mas percebi que bastava juntar o útil ao agradável. Foi o que fiz e gosto muito do resultado.
Um Homem Com Estilo Vale Por Dois, o seu livro mais recente, é o resultado desta mudança?
Foi um convite da editora que queria celebrar a minha entrada nos 40 anos. Aceitei, porque acho realmente uma boa maneira de mudar um ciclo de vida. Foi também ao encontro das pessoas que me procuram para pedir opiniões. Eu não sou um expert em moda nem nada que lhe pareça, nem sequer tenho muita paciência para ela, mas a verdade é que pelo meu caminho as pessoas associam-me ao meio e eu, como self-made man, aproveito e rentabilizo.
Recentemente foi considerado por uma publicação como o 2º homem mais sexy de Portugal, sente-se sexy?
Sinto-me sexy nas mais simples e pequenas coisas, acredito que seja uma questão de atitude acima de tudo, e claro dos olhos de quem vê. Não é fácil verem-me como um homem sexy, e masculino aos 40 anos!
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