– É inevitável não começar esta entrevista falando da sua participação no programa “A tua cara não me é estranha”. Como é que surgiu o convite?
Surgiu por parte da TVI. A resposta não foi imediata. Precisei de algum tempo para interiorizar o conceito, sentir quais seriam os moldes do programa e, no final, concluí que esta proposta não podia ter chegado em melhor altura. Tenho feito muito trabalho de estúdio, e este convite foi uma lufada de ar fresco no meu dia-a-dia.
– Já foram realizadas 4 galas, onde interpretou Lenny Kravitz, Rui Pregal da Cunha, Robbie Williams e LMFAO. Qual a interpretação que lhe deu mais prazer? E qual é que lhe trouxe mais dificuldades?
As que mais gostei foi Robbie Williams e LMFAO. Aquelas que dão mais trabalho acredito que sejam sempre as imitações de artistas femininas. Tenho sempre que trabalhar toda a parte feminina, uma vez que não me encaixo nem de perto nesse perfil! (risos)
– Para algumas interpretações é necessário um trabalho de caracterização fantástico. Como é que é passar por todo esse processo?
Há bonecos mais rápidos que outros, já cheguei a ficar 4 a 5h na sala de caracterização. No final, todo o esforço é recompensado e o resultado é sempre positivo, começando por nos ajudar e incentivar a moldar à personagem que estamos a imitar.
– Como é que é a relação com o restante grupo?
É excelente e acho que é visível a forma como nos divertimos. A concorrência é completamente posta de lado até porque, o importante é ajudar qualquer uma das instituições.
– A imitação que fez de LMFAO valeu-lhe críticas excelentes por parte do júri e também a vitória no programa. Pode partilhar connosco os sentimentos que o invadiram na altura em que percebeu que era o vencedor da noite.
Para já não estava à espera. Estou ciente que foi uma actuação muito completa mas o resultado é proveniente da popularidade em si. Claro que fiquei feliz com o resultado do culminar do trabalho de uma semana.
– Cifrão acompanhou-o na imitação. Como foi voltar a partilhar o palco com um amigo de longa data? Acha que isso facilitou a sua prestação e também contribuiu para a vitória final?
Foi óptimo estar com ele novamente em palco e o facto de ter levado mais amigos, era quase “obrigatório”, de forma a transmitir a melhor recreação possível do videoclip original. Não sei se contribui para a vitória mas se foi caso disso, fico contente por partilhá-lo com um grande amigo.
– Em 2008 lançou o seu primeiro álbum a solo que teve grande receptividade por parte do público. Sabemos que já está a preparar um novo álbum. Quando é que prevê que seja o lançamento?
Algures durante este ano de 2012. O trabalho tem sido desenvolvido já há algum tempo. Estou mais exigente neste projecto, trabalho de forma a ir ao encontro de todas as minhas expectativas. Ainda este ano irei apresentar o meu trabalho e novas músicas!
– Pode levantar um bocadinho do véu e dizer-nos como vai ser? Irá seguir o mesmo estilo do primeiro ou vai marcar pela diferença?
No que toca ao aspecto musical, sou muito orgânico, ou seja, revejo-me em vários estilos de música. O meu próximo projecto aposta numa junção electrónica e orgânica, não descurando o registo pop.
– Há pouco tempo referiu a uma revista de sociedade que não faria sentido os D’zrt voltarem. Está completamente posta de lado a hipótese de vermos o Paulo Vintém, o Edmundo e o Cifrão a voltarem a pisar o mesmo palco? Quem sabe numa homenagem a Angélico…
Nunca devemos dizer que jamais estaremos novamente em palco, mas como D’zrt, isso não, porque não faria qualquer sentido. Se surgir uma oportunidade que agrade a todos e que se enquadre no nosso estilo, porque não? …
– Se uma pessoa o abordasse na rua, dizendo-lhe que gosta imenso do seu trabalho e por isso está disposta a financiar o projecto da sua vida. Tem orçamento ilimitado. Como seria esse projecto?
O que faria seria sempre em redor da minha área: um musical com artistas de música, representação, um espectáculo que demoraria tranquilamente um ano em preparativos e ensaios mas sem dúvida algo que eu iria adorar fazer!
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