Quando era criança dizia que queria ser escritora ou jornalista. Acabou por não seguir nenhuma das duas profissões mas manteve-se na área da comunicação através da apresentação e também da representação. Foi numa conversa animada, que decorreu na rádio Sudoeste TMN, que Raquel Strada conversou com o StarsOnline e confessou alguns dos seus sonhos e projetos. Da televisão à rádio, passando pela moda, foram muitas as curiosidades que ficámos a conhecer da talentosa apresentadora que continuando a acalentar o sonho de ser jornalista de imprensa escrita está a preparar para breve um projeto nessa área. Leia todos os pormenores da entrevista abaixo ou ouça-a através do ficheiro áudio.
Como é que foi o teu início de carreira?
O meu início foi assim meio atribulado, no sentido que não estava mesmo nada à espera de enveredar por esta área tendo em conta que eu sempre quis ser jornalista de imprensa escrita. Aliás, continuo a querer e brevemente vou poder ter a oportunidade de o fazer. Mas houve um dia em que eu ia na rua e uns amigos meus me enganaram e me levaram a um casting, que na altura era para o “Diário de Sofia”. A diretora de castings veio á rua fumar um cigarro, eu estava a passar na rua, ela olhou pra mim e disse-me, “és mesmo tu que eu ando à procura” e lá fui eu fazer o casting.
E como é que correu essa experiência inesperada?
Na altura, o facto de eu ter feito o casting não me disse muita coisa porque eu nunca tinha pensado em ser atriz. Não era mesmo uma coisa que me passasse pela cabeça, mas claro que conheci imensa gente, fiz imensos amigos e ficou o gostinho pela representação. No entanto, o casting que marcou a minha vida foi o casting que fiz para o Curto-circuito, foi aí que percebi que queria ser apresentadora.
Em 2004, além de ter entrado no “Diário de Sofia” também coapresentou com o Diogo Morgado o “Dá-lhe Gás”. Como é que foi essa experiência?
Foi uma experiência única porque aprendi a lidar com o público. Tínhamos cerca de 500 a 600 crianças a assistir ao programa em direto, então é aquela pressão de não poderes falhar muito. Para além de estares num programa de televisão, também tens de fazer um bom espetáculo para as pessoas que estão à tua frente pois elas também merecem isso. Foi uma ótima escola.
De que forma é que o teu início de carreira contribuiu para a profissional que és hoje?
Contribuiu muito porque tive a sorte de começar a trabalhar com grandes profissionais. Quando estive a fazer o Curto-Circuito pude trabalhar com o Bruno Nogueira, o Ricardo Araújo Pereira, o Pedro Ribeiro, o Fernando Alvim, o Rui Unas… Ou seja, tive a oportunidade de trabalhar com pessoas que na altura já eram um marco. Portanto foi um bom início pois aprendi com os melhores.
E porque é que optaste pela apresentação em detrimento da representação?
Eu gosto muito de comunicar, de entrevistar, de conversar… e por isso é que escolhi a apresentação, ou até mesmo a reportagem. Não tenho que ser só apresentadora pois também gosto muito de fazer reportagem. Gosto de fazer edição, gosto de montar as minhas peças e perceber como é que as coisas vão ficar. Mas neste momento escolhi uma em vez de outra porque estou com muito trabalho ao mesmo tempo e não teria muito espaço para fazer nenhuma personagem nem nenhuma novela.
Porém, já houve um tempo em que conseguiste conciliar as duas…
Sim já houve um tempo em que consegui conciliar as duas porque não estava tão ligada à reportagem ou à apresentação, o que fez com que me concentrasse mais nas novelas que são trabalhos muito mais exigentes ao nível de carga horária.
Mas se tivesses enveredado pela representação havia algum papel em especial que gostasses de representar?
Não sei muito bem. Já fiz de boazinha, já fiz de má… Não sei. Sei que gosto de papeis desafiantes. Acho que se um dia voltar a representar, o que não está fora de cogitação e certamente que vai voltar a acontecer, depende do papel que me propuserem, mas acho que qualquer um, desde que não seja muito parecido comigo, embora eu ache que fazer personagens parecidas connosco é o mais difícil pois tu tens que te distanciar e criar pontos diferentes para que a personagem não seja uma cópia de nós mesmos. Mas também nunca pensei muito nisso, penso mais em que programas é que gostava de apresentar.
E que género de programas é que gostavas de apresentar?
Gostava de apresentar concursos porque gosto muito de ter público, ter as pessoas ali comigo, interagir com as pessoas. E é por essas razões que gostava sem dúvida de fazer um day time. Gosto muito dos programas da manha e da tarde.
Continuas a ser muito solicitada para eventos de moda. Achas que isso tem alguma coisa a ver com a imagem que passas de bom gosto, glamour…
Obrigada. (risos) Não sei. A moda apareceu na minha vida um bocadinho por acaso. Foi sempre convidada para fazer alguns projetos de moda; já apresentei o Portugal Fashion, este ano tive a sorte de apresentar a Moda Lisboa, já era a repórter há muito tempo, mas este ano apresentei, fiz as reportagens, fiz a locução… pra mim foi muito bom e fiquei muito feliz. Relativamente à moda, para mim é importante no sentido em que eu acho que as pessoas têm que se bonitas com elas próprias independentemente daquilo que vestem.
És vaidosa?
Não sou muito. Os meus amigos acham até que sou um bocadinho desleixada nalgumas coisas porque sou a mais rápida a despachar-me quando estamos de férias. Não demoro muito tempo a arranjar-me.
Qual é a peça que não pode faltar no teu armário?
Sou mais virada pros acessórios. Gosto muito de botas e de malas.
E qual é que foi a maior loucura que cometeste no que toca a moda?
Já cometi algumas. Não posso dizer porque estamos em crise. (risos) Agora a sério, já cometi algumas mas não foram assim tantas e além disso, e esta parte quero que fique bem clara pois para mim é importante que as pessoas percebam isto, às vezes posso comprar uma carteira mais cara, não um preço exorbitante mas mais cara, mas não compro mais nenhuma o ano inteiro. Uma compensa as outras todas. Porque eu prefiro assim porque acho que é preferível ter-se uma boa do que ter muitas que não têm muito jeito. De resto sou uma rapariga bastante poupada e acho que podes vestir bem com pouco dinheiro.
És embaixadora da campanha “Lá em casa poupo eu”. É verdade, és a poupada lá de casa?
Não, nem por isso. Sou poupadinha quanto baste, tendo a comprar produtos de marca branca, tendo neste momento também a procurar os códigos de barras com o código 560 porque acho que cada vez mais devemos comprar o que é português. Devemos comprar aquilo que é nosso e uma das coisas que me irrita, por exemplo na moda, é que os criadores nacionais tenham que ir lá pra fora primeiro para só depois verem o seu valor reconhecido aqui. Isso acontece em todo o lado eu sei, mas faz-me um bocadinho confusão porque nós temos coisas muito boas em Portugal a todos os níveis: atores, apresentadores, criadores… Os melhores sapatos do mundo, por exemplo, são feitos em Portugal. Há muita coisa boa feita no nosso país e a maior parte das vezes as pessoas não dão valor.
A paixão mais recente é a rádio. Como é que surgiu?
A rádio começou com um casting. Eu queria muito fazer rádio, soube que ia abrir esta rádio, e como sou uma pessoa que vai à luta perguntei se podia fazer um casting, fiz e fiquei.
E como é que está a ser a experiência?
Estou a adorar. Saí agora do programa da manha porque estava com os horários muito complicados porque acordar às 5h30 da manha e depois trabalhar até às 20h/20h30 na SIC, aguenta-se, mas não se aguenta assim durante muito tempo. Aguentei durante um ano e estava muito feliz, e continuo muito feliz, mas entretanto surgiu a oportunidade de fazer um programa com o qual me identifico muito, que é um programa de conversas.
Fala-nos um pouco desse teu novo programa.
O programa chama-se “Dream Team”, dá sábado às 15h e domingo às 19h, onde tenho um convidado por semana, em que faço dois vídeos com ele, quase como teaser, onde é revelado um pouco do que vai acontecer. Esses vídeos são libertados em todas as redes sociais e no youtube à quarta e quinta-feira e neles, as pessoas podem perceber um bocadinho quem é o meu convidado e conseguem vê-lo. A rádio é uma paixão, é o prazer de falar com as pessoas, de as ouvir, porque não tens imagem… No entanto, acho que vivemos numa era em que ser multi plataforma é importantíssimo. Portanto achei que podia aliar as duas coisas e agora também vou começar a escrever as entrevistas aos meus convidados para posterior publicação.
Se uma pessoa te abordasse na rua, dizendo-te que gosta imenso do teu trabalho e por isto está disposto a financiar o projeto da tua vida. Como é que seria esse projeto?
No que toca a televisão gostava de fazer um talk-show mas interativo. Gostava de fazer o “Friday Night Project”, que são aqueles dois apresentadores que o meu convidado é que é o apresentador e eu apenas me limito a ir conduzindo a conversa. Gosto de programas que alberguem muitas coisas, que tenham uma parte de comicidade, uma parte de entrevistas, de reportagens e acima de tudo onde haja interação com o público. Gostava muito de fazer um programa deste género. A nível de rádio, já estou a fazer aquilo que gosto. Na rádio estou completamente realizada, este é o meu programa de sonho. Na televisão é que acho que posso fazer outro género de coisas.
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