– Iniciou a sua carreira televisiva aos 16 anos, com a apresentação do programa infantil Disney Kids. Como é que essa oportunidade?
A apresentação do DisneyKids surgiu pela mão da Patrícia Vasconcelos que me ligou por achar que eu tinha a energia e espontaneidade que procuravam.
Foi o segundo e ultimo casting que fiz na vida, tinha na altura 16 anos e estava há poucos meses inscrita na sua agência. Creio ter sido a compatibilidade imediata e genuína que tive com o Francisco Garcia um dos factores decisivos para ficar com o lugar.
– De que forma é que essa primeira experiência contribuiu para a profissional que é hoje?
Foi a minha grande e única escola em televisão. Nunca tinha feito qualquer tipo de participação ou representação, por isso, lembro me bem dos nervos que foi começar do zero numa grande equipa de produção que esperava o melhor de mim.
Foi ao longo desses 5 anos que mais cresci profissionalmente e também de forma mais intensa.
– Sendo tão jovem, estava preparada para o reconhecimento do público?
Felizmente nunca fui nenhum fenómeno de popularidade, o reconhecimento deu-se de forma gradual e pacífica, o que me ajudou a aprender a viver e sobreviver neste meio.
No entanto, não acredito que exista uma forma metodologicamente eficaz que prepare alguém para uma mediatização desmedida, apenas ajudou o facto de ter sido criada com os pés assentes na terra segundo a educação que a minha família me deu. Os meus pais fizeram um bom trabalho.
– O facto de ser reconhecida na rua incomoda-a de alguma forma?
Não, de forma alguma. Em Portugal são muito raras as figuras públicas que podem eventualmente sofrer com abordagens demasiadamente evasivas (talvez os jogadores de futebol). O público que me aborda e que me reconhece na rua é discreto, contido e sempre educado. Pedem-me para tirar fotografias, assinar autógrafos e dar beijinhos às crianças. Não vejo de que forma é que isso me poderia incomodar. Se por alguma razão estiver sem disponibilidade ou disposição para estas situações procuro lugares mais recatados.
– A fama assusta-a?
Numa primeira instância, a fama deveria ser vista como algo positivo porque não é mais do que ter notoriedade pública por algum feito bom. Portanto, o que mais me assusta não é a fama por si só, mas tudo o que isso pode acarretar e que esteja fora do nosso controlo de ação.
Ser-se “famoso” é também saber aprender a aceitar que não podemos ser amados por todos. É ter a virtude de conseguir relativizar os episódios amplamente mediatizados e não se reger ou condicionar por aquilo que é dito sobre a sua pessoa.
Não é assustador, é só difícil e por vezes doloroso.
– O que é que queria ser quando era pequena?
Até aos 16 anos sonhava ser bailarina pois dançava ballet clássico até ter entrado para a SIC.
– Quem é que a incentivou a seguir pelo caminho da televisão?
Ninguém me incentivou. Aliás os meus pais ao conhecerem a minha decisão impuseram-me a condição de conseguir conciliar os estudos com a carreira na televisão (e de manter sempre as boas notas!).
– Ainda hoje é reconhecida como a Carolina do Disney Kids ou já se conseguiu descolar dessa imagem?
Acho que serei ainda por muito tempo a “Menina do Disney” e fico muito contente por isso. O Disneykids foi um programa infantil de enorme sucesso que marcou não só as manhãs de fim-de-semana, como as gerações que cresceram com os seus desenhos animados, jogos e brincadeiras.
– O que foi mais difícil no processo de sair de casa?
Não diria que tivesse havido algo especialmente difícil, felizmente tive e ainda tenho muita ajuda por ter a família por perto (vivemos todos à distancia de 500metros).
Talvez a perca de algumas regalias que se tem, ao viver com os pais aguça a responsabilidade de cada um. Foi isso que me aconteceu e que fez com que hoje me sinta “em casa” na minha própria casa. Gosto de a cuidar, decorar, limpar e ter tudo em ordem e sob controlo.
Acho que sou uma boa gerente e governanta.
– Como é a Carolina longe das câmaras?
Não serei a melhor pessoa para responder sobre mim própria. Sei que mantive os mesmos hábitos, interesses e rotinas que tinha antes de aparecer em frente às camaras.
Vivo no bairro onde nasci, tenho os mesmos amigos de infância, os meus hobbies são os de qualquer outra pessoa da minha idade que goste de fazer desporto, ir ao cinema, ler, jantar fora, estar em família e passar muito tempo com os seus cães…
– Se neste momento fosse primeira-ministra quais as principais medidas que implementava?
Acredito que neste atual panorama politico português teria muito pouca margem de manobra para poder fazer as reformas que considero necessárias. Mas respondendo-lhe à questão, de forma imediata e concreta, tenho a certeza que alteraria o mais depressa que conseguisse, a lei que equipara os animais a objetos.
– Atualmente conduz a rubrica “Mundo de Carolina” no programa Fama Show. Como é que está a correr?
O “Mundo de Carolina”, tal como o próprio nome o indica, é a minha cara e tem a minha assinatura final. Tem sido uma aventura muito divertida e estimulante. A grande vantagem de ser uma rubrica é o facto de não ser vinculativa a um só tema ou exclusividade de conteúdo. Começou por ser um diário, depois um espaço radical onde fiz as mais diversas atividades e agora incide sobre viagens e dicas de viajante. Não podia estar mais contente e agradecida com o que faço.
– Dos países que já visitou qual aquele que mais a marcou e porquê?
Sempre gostei muito de viajar e já o fazia antes de ter a oportunidade de ter um programa sobre viagens.
Foram vários os sítios que me marcaram ao longo a vida, de uma forma ou de outra, dependendo muito do momento que estava a viver.
Dos países que visitei recentemente como apresentadora de o “Mundo de Carolina” posso destacar a Turquia, mais precisamente a cidade de Istambul que foi a Capital Europeia da Cultura em 2010. A ponte cultural entre a Ásia e a Europa faz de Istambul uma cidade incrivelmente global e fascinante assim como toda a história que se respira em cada esquina do bairro de Sultanahmed.
Ficou ainda muito por descobrir e espero lá voltar.
– Apesar de estar a fazer carreira no entretenimento continua a prosseguir com os estudos na área da comunicação social. Que tipo de projeto gostaria de fazer nesta área?
Muito honestamente ainda não senti a necessidade de pensar o que faria profissionalmente se a minha vida tivesse seguido um rumo diferente.
Há oito anos que tenho trabalhado em programas de entretenimento na televisão mas fiz questão de me formar em comunicação, pois quis assegurar um plano B. Não nego o gosto pelo jornalismo e por isso mesmo estagiei na redação da SIC/SIC Notícias, cheguei inclusivamente a fazer um mestrado em Media e Jornalismo.
O futuro a Deus pertence e não consigo prever o que a vida me reserva. Apenas que farei tudo para ser bem-sucedida a nível profissional seja em que área for.
– Se uma pessoa a abordasse na rua, dizendo-lhe que gosta imenso do seu trabalho e por isso está disposta a financiar o projeto da sua vida. Tem orçamento ilimitado. Como seria esse projeto?
Dificilmente conseguiria dar uma resposta imediata a essa pessoa. Um projeto de “uma vida” não é algo que possa ser decidido na rua sobre pressão, pois iria exigir dedicação, trabalho e acima de tudo paixão. Consigo-lhe apenas denunciar que usaria o dinheiro que fosse necessário para transformar os canis de Lisboa num lugar mais digno e com melhores condições para os cães que não escolheram ser abandonados, mal tratados ou abatidos.
– É público o seu sonho de casar e ter muitos filhos. Já faz planos para isso?
Desde criança que faço esses planos. Gostava de casar e criar uma família grande como aquela onde cresci.
– Pode descrever-nos o seu casamento de sonho?
Para mim um casamento de sonho é aquele que dura para o resto da vida, tendo como base o respeito e admiração pelo outro e que o amor prometido no dia do juramento consiga prevalecer, sobre qualquer adversidade da vida.
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