Bruce Springsteen encerra RIR com chave de ouro

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Era um dos concertos mais aguardados desta 5ª edição do Rock in Rio Lisboa e dezanove anos depois do concerto que deu no Estádio de Alvalade, Bruce Springsteen não defraudou as expectativas das cerca de 81 mil pessoas que estavam no Parque da Bela Vista para ver e ouvir “The Boss”

Com um português perfeitamente perceptível, o americano saudou o público com a frase “Boa noite Lisboa. Como estão?” e foi recebido em apoteose.

Grandes êxitos como “Born in the USA”, “Born to Run”, “Glory Days” e “Dancing in the dark” foram cantados em uníssono com o público presente, sendo que, em quase duas horas e meia de espectáculo, Bruce foi intercalando temas do seu último álbum com temas mais antigos.

O momento alto da noite foi a subida ao palco de Bruce Springsteen, porém, até lá, o recinto vibrou com os concertos de Kaiser Chiefs, James e Xutos e Pontapés.

Conhecido pela sua irreverência, Ricky Wilson, vocalista dos Kaiser Chiefs, voltou a surpreender quando se ausentou do palco, subiu à torre de slide montada no Parque da Bela Vista, e atravessou os milhares de espetadores presentes, pelo ar, regressando depois novamente ao palco – isto tudo sem deixar de cantar.

Os James deram o concerto mais político deste Rock in Rio ao criticarem diretamente o governo e o primeiro ministro Pedro Passos Coelho.

O guitarrista Saul Davies, a viver no norte do nosso país agarrou no microfone e falou diretamente para Pedro Passos Coelho: “Estás-me a ouvir? Porque é que as pessoas da minha aldeia não têm dinheiro para pagar a conta da luz?”

A banda fez questão de deixar uma forte mensagem política e foi fortemente aplaudida pelo público presente.

Os portugueses Xutos e Pontapés, repetentes nestas andanças de Rock in Rio, tiveram o espetáculo mais revivalista da noite ao cantarem temas como “Circo de Feras”, “Contentores” e “Pra Sempre”, que puxaram pelo público presente que cantaram em uníssono com a banda de rock portuguesa.

O dia de sábado foi marcado pelos concertos de Stevie Wonder e Bryan Adams, ícones incontornáveis da música mundial, mas foram os portugueses The Gift que começaram a aquecer o ambiente na Bela Vista.

A pisar o Palco Mundo pela primeira vez, depois de se terem estreado no Palco Sunset na edição brasileira do festival a banda de Alcobaça comprovou ontem o porquê de ser um dos grupos que mais fãs tem cativado nos últimos tempos.

A doce Joss Stone, que já tinha estado presente na edição de 2008, voltou a encantar o público com um concerto cheio de soul. A britânica de apenas 24 anos interpretou temas bem conhecidos do público português.

O canadiano Bryan Adams, que viveu no nosso país durante a adolescência, não esqueceu a língua e saudou as cerca de 70.000 pessoas presentes na língua de Camões e cantou e encantou interpretando míticos temas como “Heaven”, “Please forgive me” e “Everything I do (I do for you)”.

Chegou atrasado e o público já desesperava, mas o brilhante concerto dado por Stevie Wonder fez esquecer todos os atrasos e levou a Bela Vista ao rubro. Considerado uma lenda viva, o rei da Motown deu um concerto sem mácula. 

©starsonline

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