Em busca do sonho
Um dos mais populares talent shows do mundo está de regresso à antena da RTP. Agora é a vez dos mais pequenos subirem ao palco e mostrarem ao país os seus dotes. A grande novidade é entrada da jovem cantora Bárbara Tinoco como uma das mentoras.
The Voice tem sido dos programas televisivos que mais talentos tem revelado que existem no país. De regresso à antena da RTP aos domingos à noite, agora na versão Kids. Essencialmente, este talent show apresenta-se nos moldes tradicionais. Nas cadeiras dos jurados para avaliar os pequenos cantores continuam os mentores Carlão, Carolina Deslandes e Fernando Daniel. A grande novidade é a entrada de Barbara Tinoco que vem ocupar o lugar anteriormente de Marisa Liz. A apresentar está a residente Catarina Furtado, enquanto Fábio Lopes (Conguito) desempenha o papel de repórter digital. O StarsOnline esteve na apresentação à imprensa e falou com os protagonistas.
Catarina Furtado (apresentadora)
“É um programa muito emotivo e passo a vida a chorar”
“Não se pode dizer que é mais uma edição, pois está muito diferente da anterior e nada inferior. A grande novidade é a Bárbara Tinoco. O que constatamos é que existem miúdos que cantam muito bem, mas também existem pré-adolescentes com causas para defender e recados para dar aos crescidos. Vêm cantar porque é o seu sonhos e que assim esperam mudar mentalidades. Querem falar e dizer aquilo que pensam. É um programa muito emotivo e passo a vida a chorar. Acima de tudo, é um programa tão positivo que creio que nos ajuda a sermos melhores cidadãos e seres humanos. É uma competição muito saudável.”
Carlão (mentor)
“Percebi que gostava daquele papel”
“Na edição passada aceitei o convite um pouco a medo. Receava o meu papel, a minha relação com os miúdos e fazer qualquer julgamentos era complicado, pois não sou ninguém para o fazer, mas o The Voice é um programa muito digno na forma como trata os seus concorrentes. Depois quando comecei percebi que gostava daquele papel e tive saudades quando acabou.” Agora como se sente quando tem de dizer não a um concorrente, o cantor assume que não é assim tão dramático, revela: “É muito mais difícil dizer que não a alguém com 18, 19, 20 anos, que têm objetivos e sonhos na cabeça, do que alguém com 10, que tem a vida pela frente. Obviamente que ninguém gosta de não passar à próxima fase, mas tentamos dar um apoio e dizer-lhes que é somente um concurso e que não é o fim.”
Fernando Daniel (mentor)
“ A nossa dinâmica está melhor que nunca”
“Vai ser uma edição muito surpreendente que vai superar todas as expetativas. Para mim será tão bom ou melhor que a do ano passado. Há crianças incríveis e com um enorme potencial. Como jurados a nossa dinâmica está melhor que nunca. Sentimos falta da Marisa (Liz), mas de vez em quando, ela vai lá dar um pulinho.” Quanto ao que mais o tem espantado nos concorrentes, o cantor garante que é “a maturidade das crianças, do que são capazes de fazer e como já pensam.” No que respeita à própria competição entre os mentores, Fernando Daniel anuncia alto e a bom som. “Eu não vou a lado nenhum para ficar em segundo lugar.” (risos)
Carolina Deslandes
“ Temos de falar com amor e verdade”
“Estamos muito entusiasmados. Começamos com muitos miúdos e acabamos com poucos. O mais desafiante é mesmo essa parte de exclusão, mas os miúdos estão muito conscientes que isto não é o fim de nada e que pode ser o início de muitas outras coisas. Está sempre presente essa mensagem positiva. Depois penso que estas crianças são filhos de alguém e eu também tenho filhos. Gosto de acreditar quando eles se propuserem a desafios serão tratados com a dignidade que merecem. A primeira vez que gravei um episódio do The Voice Kids na edição anterior, eram quatro da manhã e não conseguia dormir, pois pensava que não tinha perfil para isto e não seria capaz de dizer que não. Tive de dar a volta. Esse medo de dizer que não tem de ser menos importante do que aquilo que podemos dar aos miúdos. Temos de falar com amor e verdade e eles sentem isso.”
Bárbara Tinoco (mentora)
“Há miúdos que cantam melhor que eu”
“Parece e foi há muito pouco que participei no The Voice. Ir a aquele programa era uma forma de saber se teria uma carreira na música. Precisava de tirar essa dúvida e se não houvesse alguém no exterior a puxar por mim, tinha desistido ali. Precisava de saber. Fiquei muito feliz ter sido chamada para o formato Kids, porque os adultos vão lá como eu fui, para querer saber. As crianças gostam de cantar, mas também de ginástica ou futebol, apesar de para algumas ser um sonho muito importante. Outras vão para casa felizes porque conheceram pessoas novas, conheceram-nos a nós… tiveram uma experiência diferente. E não tem tanto peso. Essencialmente estão ali para se divertirem. Contudo há miúdos que cantam melhor que eu e parece que nasceram para serem cantores.”
Texto: Eduardo César Sobral
