A Academia Portuguesa de Cinema distinguiu, pelo quinto ano consecutivo, três jovens talentos do cinema nacional com os Prémios NICO.
São eles Laura Dutra, atriz protagonista do filme “A Impossibilidade de Estar Só” e das séries “O Atentado” e “A Crónica dos Malandros”;
Michael Spencer, que se distinguiu no filme “O Fim do Mundo” – e está também nomeado para Melhor Ator nos Prémios Sophia 2021;
e ainda o realizador Bernardo Lopes, pelo conjunto das suas obras, onde se inclui a curta-metragem “Moço”, nomeada aos Sophia 2021.
Segundo o Presidente da Academia, Paulo Trancoso, “Os vencedores desta edição são jovens promessas que mostraram o seu talento em tempos difíceis e nos fazem acreditar no futuro do nosso cinema. A edição deste ano é ainda mais especial, uma vez que coincide com o 10º aniversário da Academia Portuguesa de Cinema, um marco no caminho que queremos continuar a percorrer em prol do reconhecimento do cinema português.”
Este ano, os troféus serão atribuídos aos vencedores na cerimónia de entrega dos Prémios Sophia 2021, que terá lugar a 19 de setembro, no Casino Estoril.
Cada um dos três jovens receberá ainda um prémio monetário de mil euros, para o qual conta com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Recorde-se que em 2020 foram distinguidos com os Prémios NICO a atriz Maria Abreu, o ator João Nunes Monteiro e o realizador Gonçalo Almeida.
SOBRE OS PREMIADOS
Laura Dutra (1998) – atriz
Com apenas 23 anos, o percurso profissional de Laura Dutra conta com 20 participações entre o mundo do teatro, a televisão e o cinema. Desde pequena, a sua paixão pela arte é evidente, não só pelo facto do próprio avô ser um artista, que passou esse gosto ao seu pai, mas também pelo fascínio que sempre nutriu pelos seus tios trapezistas. Aos 11 anos, Laura pediu aos pais para a inscreverem num workshop de teatro e é desde então que faz dos palcos a sua casa.
A trabalhar em teatro desde 2010, iniciou a sua carreira em cinema em 2014, com o filme “A Adorável Dor de Nunca te Ter”, tendo feito também parte do elenco de “Pas de Confettis” (2018), “Incomum” (2018) e “A Impossibilidade de Estar Só” (2020).
Em televisão, participou em várias produções, entre as quais “Poderosas” (2016), “Conta-me Como Foi” (2020), “Nazaré” (2020), “Crónica dos Bons Malandros” (2020) e “O Atentado” (2020). Atualmente, dá vida à personagem de Margarida Grilo na novela “A Serra”, 2021.
Michael Spencer (1996) – ator
Michael Spencer nasceu em São Vicente em 1996 e, em 2008, emigrou para Portugal.
Em 2014, participa como figurante em videoclips realizados por Basil da Cunha. Participa também em diversos workshops de improvisação com o mesmo realizador, sendo nesse processo de trabalho que se encontra o casting final da longa-metragem “O Fim do Mundo” no qual Michael Spencer assume o papel principal, interpretando Spira.
“O Fim do Mundo”, com estreia no Festival Internacional de Locarno, vence o prémio de Melhor Filme no Indie Lisboa 2020, dando grande visibilidade ao ator.
Interessado pelo trabalho de edição, Michael Spencer tem colaborado como assistente de montagem em vários vídeos realizados por Pedro Diniz, na produtora Machinefilmes.
Os seus trabalhos futuros incluem a série “2720”, em fase de pós-produção, a curta-metragem “Manga Terra”, com estreia prevista para 2022, e ainda a longa-metragem “O Jacaré”, onde voltará a interpretar o jovem Spira, naquela que será a segunda parte do filme O Fim Do Mundo, todos eles projetos realizados por Basil da Cunha.
Bernardo Lopes (1994) – realizador
Bernardo Lopes é realizador, produtor e argumentista. Formado em Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, iniciou a sua carreira como crítico de cinema para publicações como a Nisimazine e C7nema.
Foi um dos júris no 71º Festival Internacional de Veneza, na secção Giornate Degli Autori, sendo escolhido, na mesma ocasião, como embaixador português para o LUX Prize – European Union Film Prize.
Em cinema, realizou quatro curtas-metragens de ficção – “Lux” (2015), “Ivan” (2017), “Eva” (2019) e “Moço” (2020) – e uma longa-metragem documental – “Doutores Palhaços” (2017) – que lhe valeram prémios e selecções em festivais nacionais e internacionais de prestígio. Realizou e produziu também videoclipes para artistas como Carolina Deslandes, D.A.M.A., Regula e Mike El Nite.
Em desenvolvimento e produção, trabalhou em várias longas metragens e séries, entre as quais “Jefe” (2018), de Sérgio Barréjon, “Avó Dezanove e o Segredo do Soviético” (2019), de João Ribeiro, “#CasaDoCais” (2019), de Ana “Peperan” Correia e “Nunca Nada Aconteceu” (2020) de Gonçalo Galvão Teles.
Em 2021, fundou e tornou-se sócio-gerente da produtora cinematográfica e audiovisual Omaja, onde produziu a longa-metragem de ficção “Arrabalde” (2022), de Frederico Serpa, e “Terra Longe” (em pós-produção), a sua próxima longa-metragem em documentário.