Um brinde a ti Maria João… Muito Obrigado e Até Sempre! (1964-2021)

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Maria João Abreu. Evento: ‘Apresentação de ‘Golpe de Sorte’ , a nova série da SIC, edificio Impresa, Paço d’Arcos, 27.05.2019
“Acho que vai ser a primeira vez que vou particularizar uma publicação no StarsOnline. E vou fazê-lo, pegando na frase que a Sara Barradas publicou no seu Instagram, junto com uma fotografia tua:
“Certamente estarás a chorar de emoção, por ver toda a emoção com que Portugal chora por ti.”
É exatamente isto! Desde o dia 13 de maio que Portugal chora por ti. Chora por não te poder ver mais, chora por não te poder ver representar, chora por não te poder ver sorrir. E chora também porque fica mais pobre, assim como o teatro e a ficção. Mas ficará para sempre, na nossa memória, a tua excelência enquanto artista. 
Como ficará, na minha memória, a tua simpatia e bondade para com o escriba destas linhas. Tiveste sempre comigo uma postura carinhosa, afável, disponível, ao longo destes anos nas várias fotografias que tive o privilégio de te tirar. Por isso, usando acima, uma e só uma, da apresentação da série “Golpe de Sorte”, da SIC, permite-me que faça um brinde, a ti, e agradeça essa bondade que também me (nos) transmitiste. Muito Obrigado e Até Sempre Maria João!”

Paulo Fernandes

Maria João Abreu, nasceu em Lisboa em 1964 e teve uma vida dedicada ao palco. Foi casada com João Raposo, com quem teve dois filhos: Miguel (35 anos) e Ricardo Raposo (32 anos). Era casada com o músico João Soares desde setembro de 2012.

Com 19 anos, fez a sua estreia como atriz profissional em 1983, no Teatro Maria Matos no musical “Annie”, de Armando Cortez. Seguiram-se vários espectáculos de revista no Parque Mayer, até participar, na “Casa da Comédia”.

“Uma Bomba Chamada Etelvina” (1988), da RTP, marcou a estreia da atriz no pequeno ecrã. “Canto Alegre” (RTP1, 1989), “Caixa Alta” (RTP1, 1989) ou “O Cacilheiro do Amor “(RTP1, 1990) foram os projetos que se seguiram.

Em fevereiro de 1993, com a chegada do segundo canal privado, Maria João Abreu mudou-se para a TVI. Na estação de Queluz de Baixo, a atriz fez parte do elenco de produções como “Cos(z)ido à Portuguesa” (1993), “Trapos e Companhia” (1994) e “Quem Casa Quer Casa” (1994).

Depois de um breve regresso à RTP1, em 1994 e 1995, a atriz estreou-se na SIC no “Big Show”. Em 1996, Maria João Abreu integrou o elenco de “Malucos do Riso” e de “Camilo e Filha Lda”.

No final dos anos 1990, a atriz participou ainda em “Vidas de Sal” (RTP1), “Não Há Duas Sem Três” (RTP1), “As Lições do Tonecas” (RTP1). Em 1998, Maria João Abreu vestiu a pele de Lucinda na série “Médico de Família”, da SIC, sendo uma das mais populares personagens da sua carreira.

“Amo-te Teresa” (SIC), “Jardins Proibidos” (TVI), “Aqui não há quem viva” (SIC), “Morangos com Açúcar” (TVI), “Casos da Vida” (TVI), “Ele é Ela” (TVI), “Sentimentos” (TVI), “Cidade Despida” (RTP1) e “Conta-me Como Foi” (RTP1) foram alguns dos trabalhos da atriz no pequeno ecrã na primeira década da viragem do século.

“Cidade Despida” (RTP1), “Espírito Indomável” (TVI), “Pai à Força” (RTP1), “Liberdade 21” (RTP1), “A Família mata” (SIC), “Mulheres de Abril” (RTP1), “Mar Salgado” (SIC), “Amor Maior” (SIC), “Paixão” (SIC) e “Golpe de Sorte” (SIC) foram outros dos projetos que a atriz integrou.

Atualmente, a atriz fazia parte do elenco da novela “A Serra”, da SIC, onde veste a pele de Sãozinha.

Paralelamente à televisão, Maria João Abreu abraçou vários projetos no teatro, como “Toma Lá Revista!” (1987), “De Pernas Pró Ar!” (1994), “A Revista é Linda!” (2005), “As Árvores Morrem de Pé” (2016), “Simone – O Musical” (2017) e “Fenda” (2019).

Em 2019, a atriz protagonizou “Sonho de uma Noite de Verão”, uma das obras mais conhecidas e adaptadas de William Shakespeare e que ganhou nova versão pelas mãos da Lisbon Film Orchestra. O musical juntou em palco, pela primeira vez, José Raposo, Maria João Abreu e o filho Miguel Raposo.

“Mete medo. Eu não sou cantora, sou uma atriz que canta. Cantar com 16 elementos a tocar para mim… é terrível de bom. Saber que temos um maestro com tanta experiência, transmite confiança”, confessou a atriz antes da estreia do musical no Tivoli BBVA, em Lisboa.

Já no grande ecrã, Maria João Abreu fez parte do elenco de “Amo-te Teresa” (2000), “Telefona-me!” (2000), “A Mãe é que Sabe” (2016), “Call Girl” (2017) e “Submissão” (2019).

A atriz Maria João Abreu morreu na manhã do dia 13 de maio, devido a complicações com um aneurisma.

Até sempre Maria João Abreu!

 

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