Morreu Pedro Martins de Lima, o “pai” do surf em Portugal

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Pedro Martins de Lima tinha 92 anos. Comprou a primeira prancha em 1959 e chegou a fazer mergulho com o investigador e divulgador Jacques Cousteau.

Nascido a 14 de setembro de 1930, Pedro Martins de Lima começou por praticar bodysurfing na adolescência, porque não tinha prancha de surf. Filho de família de cavaleiros, começou a aprender hipismo com apenas seis anos de idade. Interessou-se por esqui e por vela, entre outros desportos. A sua paixão pelo mar, levou a que praticasse pesca submarina, mas passou rapidamente da caça para a fotografia subaquática, facto que o levou a conhecer Jacques Cousteau, chegando mesmo a fazer mergulho com ele.

Em 1946, já se tinha apaixonado pelo surf, mas a falta de equipamento não o permitia praticar, tendo-se iniciado no bodysurfing, graças a umas barbatanas que um amigo lhe trouxera de Inglaterra. Finalmente em 1959, conseguiu adquirir a sua primeira prancha de surf, iniciando as suas primeiras tentativas na modalidade.

Ao longo da sua vida, esteve sempre ligado ao mar, vindo a aprender windsurf aos 50 anos de idade.

Num artigo publicado no boletim municipal da Câmara de Cascais, Pedro Martins de Lima escreveu em novembro de 2011 que “o surf é certamente o desporto mais violento que existe e, contudo, é extraordinariamente pacífico, pois a sua violência não é contra pessoas, é contra a força gigantesca do mar, dos elementos”.

Amante do desporto, Pedro Martins de Lima declarou o seu amor às ondas: “De todos os desportos que pratiquei (e foram quase todos), o surf foi o mais importante, física e psiquicamente. É também um desporto de partilha entre pais”.

*fotos gentilmente cedidas por Mané Martins de Lima

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