Filipe Vargas fala da sua personagem sexualmente controversa em “Quero é Viver”

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Na novela “Quero é Viver”, Filipe Vargas veste a pele de um personagem que atravessa uma crise quanto à sua orientação sexual. O ator conta-nos que o seu papel é seguido por algumas associações LGBT e que elogiam a forma cuidada como este tema tem sido tratado.

“Há uma grande identificação da comunidade LGBT”

Muitos são os personagens que Filipe Vargas (49 anos) já interpretou, mas este Zé Luís, de “Quero é Viver”, novela da TVI que estreou no inicio de janeiro, apresenta alguns desafios distintos aos já abraçados em outras produções, como nos reconhece: “O personagem está muito bem construído e é um desafio fazer algo que é bastante real. Começo a ter a noção disso pela quantidade de pessoas que através do Instagram me contam que é também a história das suas vidas e que viveram também essa situação. E haver essa ligação entre a ficção e a realidade é a primeira vez que tal me acontece, assim de uma forma mais contundente. Acima de tudo, o desafio é fazer um personagem o mais real possível. O dilema que está a viver o Zé Luís é de tentar não magoar ninguém, mas vai magoar toda a gente. Está a ser um grande desafio e é uma história da Helena Amaral, com quem gosto muito de trabalhar, e já faço há muito novelas com ela. Eu sei que existe ali uma segurança na escrita e da equipa toda que a está a fazer.

“Agradecem que o tema esteja a ser tratado de uma forma frontal”

Tratar a história de amor entre dois homens com alguma naturalidade é um dos pontos que Filipe Vargas almeja alcançar, como explica: “Na verdade é uma história de amor como outra qualquer. O facto de serem dois homens a apaixonarem-se tem de ser tão real como se fossem duas mulheres ou entre um homem e uma mulher… a única coisa que existe ali e é uma caraterística algo latente à sociedade, é de haver com o engano pela parte dele e também do preconceito que as pessoas têm que levam muitos homens e mulheres a sofrerem do preconceito e a esconderem aquilo que são.

Curiosamente, o ator tem recebido bastante feedback sobre a personagem por parte dos grupos LGBT, como revela: “Há uma grande identificação da comunidade LGBT que sente que o tema está a ser tratado de uma forma séria. Tem corrido muitas associações que entram em contacto connosco e agradecem que o tema esteja a ser tratado de uma forma frontal e não enviesado.

“Não estava à espera que as agendas se cruzassem”

Mas, apesar de estar envolvido numa produção tão exigente como uma novela, Filipe Vargas tem outro projeto em paralelo, uma peça de teatro.

“Perfeitos Desconhecidos” é uma comédia encenada por Pedro Penim e que conta no elenco com nomes conhecidos como Ana Guiomar, Cláudio Semedo, Jorge Mourato, Sara Barradas ou Martinho Silva e que tem corrido o país, como explica: “Devido à pandemia praticamente não saíamos, mas tenho andado em tournée pelo país. É uma peça muito gira e tem corrido muito bem. Vamos ficar uma longa temporada no Porto, mas corre muito bem.” Estar envolvido em dois, em simultâneo tão distintos, mas tão abrangentes é por si só muito duro, confessa: “É. Não estava à espera que as agendas se cruzassem, mas é… fazível. (risos)

©starsonline®t exto: Eduardo César Sobral

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