O filme biográfico sobre o pintor Amadeo de Souza-Cardoso teve antestreia dia 16, no Cinema São Jorge, em Lisboa e estreia dia 26 deste mês nas salas de cinema.
Escrito e realizado por Vicente Alves do Ó (“Florbela” (2012) e “Al Berto” (2017)) “Amadeo” inspira-se na vida e obra do artista modernista para contar uma história em três tempos: 1911, ano em que apresenta os seus primeiros trabalhos à elite artística da cidade de Paris; 1916, quando organiza a primeira grande exposição modernista em Portugal; e 1918, o fatídico ano da gripe espanhola, que matou milhões de pessoas e que o viria a matar a 25 de outubro desse mesmo ano, aos 30 anos.
Nascido em 1887, Amadeo partiu cedo parte para Paris, onde faz amizade próxima com Picasso, Gaudí, Modigliani, Apollinaire e Delaunay, foi um dos artistas mais relevantes e importantes do modernismo, nos inícios do século XX.
Alves do Ó vê em Amadeo de Souza-Cardoso “um homem de vanguarda num período da História marcado por revoluções, clivagens, o velho a combater o novo, simbolizando esse “novo novíssimo”, que ainda hoje nos inspira” e revelou que “este foi o filme mais exigente que fiz até hoje”.
“Porque se tratava de um homem extraordinário na sua simplicidade aparente e contraditória, porque nos exigia um conhecimento certeiro sobre a sua pintura, o meio e a História onde ficará registado e porque era necessário acrescentar-lhe as formas e as dimensões do cinema”, explicou o realizador.
Produzido pela Ukbar Filmes, com distribuição da NOS, o filme conta com Rafael Morais, Ana Lopes, Lúcia Moniz, Ana Vilela da Costa, Manuela Couto, Ricardo Barbosa, Raquel Rocha Vieira, José Pimentão, Rogério Samora e conta com a participação especial de Eunice Muñoz.
“Amadeo e Lucie vivem uma grande história de amor quando a Primeira Guerra e a Gripe Espanhola fustigam a Europa. O pintor inspira-se em momentos do seu quotidiano para reter o futuro que sonha pintar. Paisagens, cães, bailaricos e beijos inspiram dezenas de quadros. Vive-se um mundo em mudança, entre o estúdio em Manhufe e as festas em Paris; fazem-se as primeiras exposições, lançam-se planos para o futuro, e Amadeo pinta incessantemente. A sua vida é mais do que intensa: repleta de dor e amor, é fugaz”, lê-se na sinopse.
@Paulo Fernandes/starsonline®