LA FEMME QUI CHANTE
Pode a volúpia combinar com o pudor? Pode a exuberância casar com a sobriedade?
Sim. Duas vezes.
Coleção onde predominam de novo os contrastes, nega-se a uma Mulher de sentido único.
[Olha-se “Retratos de Mulheres Argelinas” de Marc Garanger e, sob a violência de terem sido obrigadas a desvelar-se para a fotografia, descobrem-se mulheres fortes e determinadas.]
A coleção apropria-se do visual masculino colonial e militar e transfigura-o, cumulando-o de pormenores ricos e over decorated, de transparências sensuais e femininas. O resultado adquire uma faceta traveller, gasta e usada.
O eclectismo está presente nas formas: baggy, soltas e longas, em oposição a silhuetas assumidamente estruturadas e justas.
O rigor do corte é enriquecido com pormenores localizados: bordados, pregas, carcelas laterais, molas metálicas.
As cores são sóbrias: branco, bege, cinza, kaki, vários tons de verde.
Os tecidos são ricos e diversificados: algodões, organzas, veludos, paillettes, tricots de algodão grossos, tafetás e mikados de seda, peles bordadas.
Destaque para os sapatos BASILIUS desenhados para esta coleção.
©starsonline
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