Já ouviu falar da campanha “Stop Hate for Profit”? Pois bem, ela não é mais do que um boicote ao Facebook, pedindo para que empresas não anunciem na plataforma durante o mês de julho, como resposta aos conteúdos de ódio e desinformações espalhados pelos utilizadores na rede. Entre os apoiantes desta campanha estão Meghan Markle e o Príncipe Harry.
Uma fonte próxima do casal anunciou que ambos se têm interessado em abordar a questão dos discursos de ódio online. “Os dois têm trabalhado muito no sentido de incentivar os CEOs de várias empresas a se solidarizarem e formarem uma aliança de grupos de justiça civil e racial, como a NAACP, a Color of Change e a Anti – Liga da difamação, que têm vindo a pedir mudanças estruturais no mundo online. Há muito tempo que tanto um como outro trabalham no sentido de procurar que a indústria de tecnologia tenha um rumo mais humano”, refere a fonte.
“Gostei muito de todas conversas atenciosas que tive com Meghan e Harry. Compreendo assim que eles estejam a usar a sua plataforma para alcançar as principais empresas e partilhar os objetivos da campanha #StopHateForProfit”, refere Rashad Robinson, presidente da Color of Change na sua conta no Twitter.
O site da campanha relata uma série de motivos para as empresas aderirem ao boicote. Entre eles está: “permitem o incitamento à violência contra manifestantes que lutam pela justiça racial nos Estados Unidos”; e também “fecharam os olhos à flagrante supressão de eleitores na sua plataforma”.
Diversas empresas já aderiram ao movimento, como a Starbucks, Unilever, Coca Cola, Honda, Verizon, Levi’s, Patagonia ou The North Face. No site da iniciativa tem uma lista completa de marcas que irão adotar ao boicote.
A campanha já fez com que as ações do Facebook caíssem 8% na sexta-feira. Isso significa apagar num único dia 56 biliões de dólares do valor da empresa. Para Zuckerberg, significou uma perda de 7,2 biliões de dólares da sua fortuna pessoal.