O Teatro Tivoli BBVA colocou faixas negras nas suas portas como sinal de indignação pela nova norma imposta pelo governo.
Em comunicado chegado à pouco, a produtora UAU, pela voz do seu director geral, Paulo Dias, considera inadmíssivel a nova norma imposta pelo governo de apresentação obrigatória de teste negativo à entrada nos eventos culturais a partir de 500 espectadores (e 1000 ao ar livre).
Veja o comunicado na íntegra: ‘Ao cabo de 15 meses de esforço pelo contínuo ajustamento às diretrizes para a realização de espetáculos, as salas e os promotores foram durante o dia de ontem surpreendidos pela introdução de uma nova norma: apresentação obrigatória de teste negativo à entrada nos eventos culturais a partir de 500 espectadores (e 1000 ao ar livre).
Num momento em que as restrições à lotação máxima permitida, de 50%, ainda não foram levantadas; quando o processo de vacinação se encontra a decorrer de forma consistente; e estando o setor cultural a lutar pela sua sobrevivência em condições de extrema dificuldade, a produtora UAU considera esta medida da DGS um contrassenso e totalmente incompreensível.
A produtora salienta ainda que, segundo os registos oficiais, desde o início da crise pandémica, não há indicação de surgimento de qualquer surto associado a um evento cultural. As salas e os promotores têm sido escrupulosos na manutenção da segurança do público e contam com a colaboração dos espetadores que cumprem com a sua parte e merecem poder continuar a assistir a espetáculos.
Paulo Dias, diretor geral da UAU, refere “Não é aceitável pedir ao público, que adquire um bilhete para um espetáculo por 10, 15 ou 20 euros, que tenha de apresentar um teste prévio com mais um custo associado. Nem se pode pedir aos promotores ou às salas que assumam esse encargo. A cultura é segura, já o demonstrou amplamente, e sente esta medida como um “castigo” que não merece nem pode tolerar.”
“A DGS emitiu ontem uma decisão arbitrária, danosa, que sacrifica injustificadamente um setor que neste momento já está no limite das capacidades. É tirar o último fôlego de ar a quem vive há quase ano e meio de corda ao pescoço. Por tudo isto, o Teatro Tivoli BBVA colocou faixas negras nas suas portas como sinal de indignação pela situação criada pelo governo que durante esta pandemia nunca respeitou os profissionais deste sector.”, acrescentou.’