Na conferência “The modern day model”, no palco Modum da Web Summit, Sara Sampaio assumiu que sentiu “que houve alturas em que fui levada a fazer coisas que não queria, onde a resposta era sempre que fazia ‘parte do negócio'”, porque “quando és uma cara nova passas por muita merda”.
“Por exemplo, devia ser ‘ok’ eu poder dizer que não quero mudar de roupa à frente de gente que não conheço, mas se peço um sítio mais recatado dizem que sou diva, não devia ser assim”, afirmou.
Sara, a completar dez anos de carreira, reconhece que os 5,9 milhões de seguidores no Instagram a colocam num nível diferente das centenas de rapazes e raparigas que dão agora os primeiros passos como manequins, mas deixou claro que eles “também têm voz”. A modelo disse que as redes sociais “vieram dar voz” a quem trabalha no setor e ajudar a denunciar alguns casos que devem ser revelados. “Antes, fazíamos o trabalho que nos mandavam, caladas, e íamos para casa. Agora, as modelos têm uma voz”, conclui.
De tarde, ao lado de Rosario Dawson, da Studio 189, e Matthew Garrahan, do “The Financial Times” na conferência “O crescimento do ativismo protagonizado por celebridades”, a modelo portuense evitou falar da situação política nos EUA com medo de represálias “Vivo nos EUA, sou imigrante lá, por isso não quero, nem posso, emitir a minha opinião sobre o que por lá se passa. Não quero, e posso muito bem vir a ser prejudicada, se falar alguma coisa…”.