O aclamado realizador Pablo Larraín traz ao grande ecrã a fase final da vida de Maria Callas no filme Maria, protagonizado por Angelina Jolie.
A estreia está marcada para o próximo dia 16 de janeiro, prometendo emocionar plateias com uma das figuras mais icónicas da música clássica.
A antestreia decorreu no passado dia 13, no El Corte Inglés, em Lisboa, onde a performance de Angelina Jolie foi amplamente destacada. O papel já lhe valeu uma nomeação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz e posiciona-a como uma das favoritas para os Óscares deste ano.
Um olhar sobre “La Divina”
O filme transporta-nos para a Paris dos anos 70, onde Maria Callas viveu os últimos anos da sua vida, isolada na sua residência na Avenue Georges Mandel. Callas, uma soprano greco-americana célebre pela técnica de bel canto e por interpretações de grande profundidade emocional, conquistou o mundo da ópera e tornou-se um verdadeiro mito cultural.
Com uma voz de rara amplitude e um repertório que atravessava óperas de Donizetti, Bellini, Rossini, Verdi, Puccini e até Wagner, Callas era conhecida pelos fãs como “La Divina”. A sua presença transcendia o mundo da música clássica, cativando admiradores devotos e inspirando debates acalorados entre críticos e opositores.
Após a morte do seu marido, o milionário Aristóteles Onassis, em 1975, Callas retirou-se da vida pública, vivendo reclusa com a governanta Bruna e o motorista Ferruccio. Apesar dos esforços do cineasta Franco Zeffirelli para um possível regresso aos palcos, incluindo projetos como uma gravação de La Traviata com Luciano Pavarotti, Callas nunca voltou a atuar.
A sua última gravação, realizada em agosto de 1977, foi um ensaio do verso “Deh! non m’abbandonar”, da ária “Madre, pietosa vergine” (La forza del destino de Giuseppe Verdi), uma despedida simbólica para uma carreira imortal.
Com direção de Larraín e a interpretação transformadora de Jolie, Maria promete ser um tributo comovente à vida, arte e legado de uma das maiores figuras da história da música.
@Paulo Fernandes/starsonline®
