Henrique de Carvalho fala da sua primeira experiência no teatro de revista

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henrique de carvalhoHenrique Carvalho, 22 anos, teve a sua primeira experiência como ator aos dez anos e depois de algumas hesitações decidiu seguir os passos do avô (Ruy de Carvalho) e fazer carreira na representação. Atualmente podemos vê-lo no palco do Teatro Maria Vitória, na peça “Humor com humor se paga”, onde se estreia pela primeira vez em teatro de revista. Contudo o sonho de Henrique passa sem dúvida pelo cinema e não hesitará se surgirem propostas nesse sentido do outro lado do Atlântico.

É a tua primeira revista. Algum dia sonhaste fazer revista ou foi algo que surgiu naturalmente?
Foi uma coisa que surgiu há muitos anos quando o Hélder (Hélder Costa Freire) falou com a minha mãe sobre a possibilidade de eu fazer revista. Agora que decidiram fazer uma revista com um elenco mais jovem, ele convidou-me e eu aceitei de imediato.

Como é que está a ser a experiência?
Está a correr muito bem. Estamos com público, as pessoas gostam de nos ver e claro, eu estou a gostar muito.

Como é que é a abordagem que te fazem na rua? Já te conheciam da televisão, mas agora também já te associam ao teatro de revista?
O público de teatro é diferente. Como são menos pessoas é um bocadinho mais complicado encontrarmos algum deles na rua. Não tive ainda nenhuma experiência nesse campo.

Mas têm tido público mais jovem por já vos conhecerem da televisão?
Sim, vejo bastantes crianças e jovens, da “geração morangos”, que vêm ao teatro.

O teatro de revista implica outro tipo de preparação. Quais são as principais diferenças?
Não há grandes diferenças no que toca a representar. As coisas têm é que ser bem feitas. Depois claro que há pequenos apontamentos, como por exemplo o fato de aqui as pessoas se rirem muito e nós termos que saber lidar com isso, saber não falar em cima do riso delas. Temos que ter um à vontade diferente, temos que estar agora a representar uma personagem, sair, despir e voltar a vestir, para logo depois estar a representar outra personagem. Mas tudo isto é muito bom para um ator.

Não pediste nenhum conselho ao teu avô para fazer esta peça?
Se não me engano, o meu avô fez duas revistas e obviamente sabe muito mais do que eu no que toca a teatro de revista, mas realmente nunca lhe pedi nenhum conselho. Mas uma das coisas que me lembro que ele me disse foi para ter atenção ao ritmo. O ritmo do teatro de revista é bastante diferente, é muito mais acelerado.

Na conjuntura de crise em que vivemos, até que ponto é importante o Teatro de Revista?
É muito importante porque as pessoas vêm cá e saem daqui mais contentes. Sentem que foi dinheiro bem gasto, que se divertiram, que ouviram algumas verdades, pois também é para isso que a revista serve.

Gostavas de ter alguém em especial na plateia para mandar alguns recados?
Não. Aos políticos não mando recados porque eu não tenho muita coisa para lhes dizer. Se algum dia tivesse algum à minha frente não sei muito bem o que fazia, mas não diria nada. Às vezes há sempre aqueles de quem estamos a falar e que dá gosto tê-los na plateia para ver a reação, mas tirando isso, acho que não.

Quais é que são os projetos para o futuro?
Surgiu uma proposta de ir com um projeto para o Brasil, mas é uma coisa tão embrionária que acho que ainda não faz sentido falar sobre isso. Há também a possibilidade de me mudar a curto prazo para Nova Iorque, por causa de um trabalho.

Vais estar onde houver trabalho ou gostavas de continuar a trabalhar em Portugal?
Para mim faz diferença porque tenho um sonho. O meu sonho passa por realizar o meu projeto de vida e esse projeto não passa por Portugal. Infelizmente digo-o com toda a sinceridade, porque neste momento o meu país não me dá a possibilidade de fazer o que eu quero fazer, que é cinema. Fazemos bem, mas o mercado não é comparável com outros mercados. Mas vamos ver o que o futuro reserva.

©starsonline

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