A apresentadora da RTP, que foi duramente criticada durante o Festival Eurovisão da Canção por causa das suas aparentes dificuldades com o inglês, quebra agora o silêncio e através das redes sociais, responde:
“Sou uma mulher de muitas facetas e sonhos. Nunca fui adepta de rótulos na minha carreira. Sou o que sou.
Comecei a minha carreira como bailarina clássica e depois, contra todas as expectativas, fiz formação em jornalismo. Trabalhei para rádios, jornais e revistas. Fui desafiada a testar os meus “dotes” enquanto apresentadora de televisão (e já lá vão 27 anos!). Fiz parte da equipa envolvida no lançamento do primeiro canal de televisão independente, SIC, e desde então nunca mais parei de trabalhar no meio.
Mas sempre persegui os meus desejos: em 1995 mudei-me para Londres para estudar representação. Abracei a carreira de actriz, no teatro, em cinema, em séries de tv, em dobragens (o mais recente filme vai estrear em Portugal a 26 de Julho, “Linhas de Sangue“).
Em 2000 fui convidada para ser Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA, a agência das Nações Unidas para os direitos e saúde reprodutiva. Esta importante missão fez-me desenvolver a minha vertente de documentarista com “Príncipes do Nada“, que vai na sua 4ª temporada na RTP, e que retrata o nobre trabalho de voluntários e de ONGs em países em desenvolvimento e, infelizmente, a intolerável situação que muitas mulheres e meninas vivem ainda hoje, tendo os seus direitos violados. Esta experiência que tenho vivido junto do UNFPA levou-me também, em 2012, a fundar a Corações com Coroa, que tem por objectivo promover uma cultura de solidariedade, não violência e não discriminação, de igualdade de oportunidades e de género e de inclusão social.
Depois de tudo o que fiz até agora, ser vista por 200 milhões de pessoas na Eurovision Song Contest tornou-se uma experiência inesquecível para mim. Estou muito grata! “
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