O ano de 2016, que consagrou Cristiano Ronaldo como o melhor jogador do mundo, começou de forma conturbada no Real Madrid. Logo na primeira semana de janeiro o técnico Rafa Benítez, com quem CR7 não teve uma boa relação, acabou sendo demitido e deu lugar a Zidane. E Messi ganhava o prémio de melhor do mundo de 2015, aumentando a pressão sobre o craque do Real. Ídolo como jogador, o francês fez a equipa madrilena encaixar e voltar a brilhar. Individualmente, o craque português começou a se destacar e fazer jogos incríveis, além de coletivamente ser fundamental para a equipa dar a volta por cima.
Na sequência do ano, vitórias importantes do Real Madrid, como a vitória por 2 a 1 sobre o Barcelona no Camp Nou. O golo da vitória foi de Cristiano Ronaldo. E na Champions, recuperação incrível sobre o Wolfsburg nos quartos de final, após derrota por 2 a 0 na partida de da primeira volta. No Santiago Bernabéu, 3 a 0 com hat-trick de Ronaldo. Lugar garantida na meia-final, com o rival Barcelona eliminado. A histórica vitória sobre os alemães na Liga acabou sendo o combustível para a reta final da temporada, que terminou com o 11º título dos galácticos na competição.
Com o fim da temporada dos clubes, o ano de 2016 seguiu com as competições continentais de seleções. Portugal não entrou como favorito no Europeu, disputado na França. Não começou bem, teve dificuldades para avançar para os oitavos de final depois de três empates na fase de grupos. Em três jogos, Cristiano Ronaldo marcou dois golos e foi fundamental para a seleção portuguesa seguir em frente no Euro.
Na sequência, Portugal vence a Croácia, Polónia, País de Gales (CR7 marcou na vitória por 2 a 1) e chegou à final contra os franceses. CR7 deixou o campo lesionado, ainda no primeiro tempo. “Jogou” no banco de suplentes, gritou, orientou, incentivou os seus companheiros e viu Éder fazer o golo do título. Capitão, levantou a taça da maior conquista da história portuguesa.
Voltou das férias ainda mais ídolo depois dos títulos da Champions e do Euro. Comanda o Real Madrid na brilhante campanha até aqui do Campeonato Espanhol, no qual a equipa lidera com 40 pontos, quatro a mais do que o Sevilla, e cinco a mais do que o Barcelona.
Para fechar 2016, ganhou a Bola de Ouro da revista “France Football” e conquistou o Mundial de Clubes com o Real Madrid no Japão. Na decisão contra o Kashima Antlers fez três golos na vitória por 4 a 2 e foi eleito o homem do jogo. Foi também o melhor marcador da competição com quatro golos e arrecadou o prémio de melhor jogador do torneio.
Feliz e emocionado com mais um prémio de melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo deixou claro que os títulos coletivos e individuais o credenciaram para receber mais um troféu da Fifa. Também aproveitou para a agradecer o carinho dos familiares: “Tinha muitas coisas para dizer, mas agora bloqueei um bocadinho. Estou muito feliz, quero agradecer em primeiro lugar aos meus companheiros, de seleção e Real Madrid também. Ao treinador Fernando Santos, gostaria que tivesse ganho, fica para a próxima, mister. À minha família, Ricardo, Gil, meu filho, minha mãe, irmãos, todo meu staff que está sempre presente nos bons e maus momentos. E dizer que o ano de 2016 foi o melhor ano da minha carreira. Havia muitas dúvidas, mas este troféu mostrou que as pessoas não são cegas. As pessoas veem os jogos, as competições. Depois do que eu ganhei com a seleção e com o meu clube não tinha dúvidas que deveria ter ganho este troféu. Foi um ano magnífico a nível pessoal, a nível coletivo, jamais posso esquecer este ano maravilhoso. Todos aqueles que votaram em mim muito obrigado, treinadores, capitães, jornalistas também, não tenho mais nada a dizer. Os prémios falam por si mesmo”.
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