Juntos na televisão há mais de uma década, Manuel Luís Goucha não podia perder a apresentação do livro de Cristina Ferreira – ‘Sentir’ – que decorreu esta quarta-feira, no Palácio da Foz, em Lisboa.
“Não é uma biografia, não é uma autobiografia, é um livro de memórias esparsas que vão da adolescência ao palco televisivo. Ela é uma mulher, é um ser humano maravilhoso. Sou muito suspeito porque vivo encantando com a Cristina diariamente há 12 anos. Mas ela é, acima de tudo, uma marca que se impôs através de muito produtos. Através da verdade dela como mulher, como cidadã, como apresentadora de televisão, e é essa verdade que está nos perfumes, nos sapatos, na revista, no blogue, no livro, e estará em tudo mais que ela quiser fazer. Tudo o que ela quiser fazer, ela consegue concretizar”, disse o apresentador.
Goucha recordou ainda o tempo em que dava ‘aulas’ a Cristina Ferreira e quando esta lhe disse que um dia ia trabalhar ao seu lado.
“Achei que ela era tonta em pensar algo impossível, mas o que é certo é que não há impossíveis para a Cristalina. Ela está ao meu lado há 12 anos, ainda bem porque é um dupla que tem resultado muito bem, e agora se ela porventura me disser eu vou ser isto, eu acredito. Aliás, ela disse-me: ‘Um dia vou ser diretora’. [E é] diretora de conteúdos não informativos”.
Durante todos estes anos ao lado de Cristina, Goucha disse ter “rejuvenescido” e “adquirido humildade”.
“Acho que me rejuvenesci e aproveito o lado lúdico da vida. Adquiri humildade também. Eu não sabia trabalhar em dupla, (…) e isso é uma aprendizagem que não foi nada sofrida para mim porque nós demo-nos sempre bem, desde o primeiro minuto. Acho que ganhei isto com ela”, confessou.
Apesar dos 20 anos de diferença de idade, o apresentador revelou ainda que “pensamos a vida da mesma maneira, temos afirmações, observações iguais, ditas ao mesmo tempo”.
“É incrível! Parece que respiramos o mesmo ar”, acrescentou.
Sobre a entrevista que Cristina fez a Manuel Luís Goucha na sua nova casa, no Alentejo, o apresentador assegura que esta deixou-os ainda mais “ligados”.
“Acho que nos afeiçoámos ainda mais um ao outro. Passámos a gostar ainda mais um do outro. As pessoas não entendem muitas vezes, e isto é a minha maneira de pensar, eu não vejo necessidade de, para além de oito horas de trabalho diário, ter ainda uma relação fora do trabalho, em casa um do outro. Eu nunca fui a casa da Cristina e ela nunca tinha ido a minha casa porque eu acho que, por vezes, as relações quando são muito intensas podem-se desgastar justamente nesse horário pós-laboral. Nunca sentia a necessidade de abrir as portas de minha casa até porque depois preciso desse espaço de grande privacidade. Agora, no Alentejo é diferente. Acho que isso ficou muito marcado nela como me marcou em mim”, rematou.
