Rita Ferro Rodrigues, indignada que está com as noticias que ultimamente têm estado a chocar a opinião pública sobre os alegados abusos e actos de violência exercidos sobre Bárbara Guimarães pelo seu ex-marido Manuel Maria Carrilho, saiu em defesa da sua colega de trabalho na SIC, a quem dedicou um texto no blogue “Maria Capaz”.
Eis o texto transcrito na íntegra:
Para Bárbara
(e todas as que sofrem em silêncio)
Estou a tentar escrever sobre ti Bárbara e não é fácil… Não é fácil.
Não somos amigas. Profissionalmente até já demos umas quantas turras. O convívio nem sempre foi pacífico mas isso são coisas nossas e que só a nós dizem respeito. Estas palavras não estão por isso, contaminadas pelo olhar terno e tendencioso da amizade.
Estas são as palavras de uma mulher para outra. De mim para ti.
Acompanhei desde o primeiro minuto (como tantos portugueses) o drama revelado da violência a que a tua família foi (está a ser) sujeita.
Capas de jornais e revistas com os pormenores mais sórdidos, as invenções mais disparatadas, as entrevistas mais abjectas, os ataques mais descabelados, as humilhações mais ignóbeis.
A tentativa de manipulação da opinião pública com ataques permanentes à tua dignidade como mulher, ao teu bom nome. Uma raiva cega e doentia com eco em alguns órgãos de informação que sem qualquer rigor ou critério, pensando puramente em vender, publicaram “notícias” falsas que cumpriam um único objectivo: a tua destruição e descredibilização.
Do outro lado tu, em silêncio. Sempre em silêncio, tentando com essa atitude, proteger os teus filhos. Só um amor gigante permite essa resiliência.
O que aqui relato são factos.
Ninguém me contou. Resultam de uma observação objectiva. Minha e de muitas outras pessoas que eu gostava que falassem. Este país assistiu e continua a assistir a uma violência emocional continuada e exercida sobre ti e sobre os teus filhos em praça pública. Há quem opte por fechar os olhos, ignorar. Mas muitos são, os que como eu, estão a assistir horrorizados e com vontade de dizer: chega!
Sei que ao escrever estas palavras, também eu posso ser alvo dessa fúria destrutiva que te persegue. Não tenho medo.
Quero que saibas que o teu silêncio grita. E que eu te ouço.
Não estás sozinha.
Um beijo no teu coração.
Rita Ferro Rodrigues
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