O CCB foi ontem, dia 18, o palco da cerimónia de encerramento do Lisbon & Estoril Film Festival. Depois da entrega de prémios teve lugar um espectáculo da coreógrafa Blanca Li, no mesmo local. Juliette Binoche (na foto) foi a convidada de honra desta Gala de Encerramento que contou também com a presença dos actores portugueses Nuno Lopes, Jorge Corrula e Paula Lobo Antunes, Victoria Guerra, entre outros.
No dia anterior no cinema Nimas, numa conversa de mais de uma hora com o publico que encheu por completo a sala, a actriz francesa, de 49 anos, falou da influência dos pais, também ligados ao teatro, do início da carreira, e da transformação que ela própria viveu nessa altura, quando “era muito certinha e obediente porque queria ser amada e reconhecida”.
Quis ser actriz muito cedo, com apenas quatro anos, quando os pais se separaram e foi enviada para um colégio interno, onde as aulas não lhe interessavam porque era forçada a ficar imóvel.
Preferia o espaço livre do recreio, onde podia imaginar cenários para representar com os amigos.
“O meu sonho inicial foi o teatro, não o cinema”, disse a actriz, que conseguiu o seu primeiro papel de relevo em 1985, no filme “Je Vous Salue, Marie”, de Jean-Luc Godard. Três anos mais tarde entraria em “A Insustentável Leveza do Ser”, de Philip Kaufman, uma adaptação do livro homónimo de Milan Kundera, interpretando Tereza.
Desde então participou em mais de 40 filmes, entre os quais “Azul”, o primeiro da trilogia das cores de Krzysztof Kieslowski, e “O Paciente Inglês”, de Anthony Minghella, com o qual conquistou um Oscar para Melhor Actriz Secundária, em 1997.
©starsonline
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