Joker, a personagem de quem se fala, e que é uma referência cultural

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A muito antecipada sequela do filme Joker, Joker – Loucura a Dois, chegou aos cinemas, depois do êxito alcançado pelo primeiro filme, em 2019.

O filme realizado por Todd Phillips, tal como o seu antecessor, conta com as interpretações de Joaquin Phoenix e Lady Gaga, e retrata a relação amorosa entre Joker e Harley Quinn, depois destes se terem conhecido em Arkham.

Assim, a personagem que que é inspirada na banda desenhada da DC Comics e já foi interpretada por Jack Nicholson (Batman) e Heath Ledger (O Cavaleiro Das Trevas) ganha mais um capítulo no cinema, desta vez em formato de musical, aspeto que surpreendeu tanto críticos como espetadores.

Recordamos que Joker chegou à televisão na década de 1960 e aos filmes na de 1980, pela mão de Tim Burton, depois de se tornar numa personagem muito popular na banda desenhada, na década de 1940, logo aquando do lançamento do primeiro número da revista dedicada a Batman. O carinho do público e o facto de se tornar num fenómeno cultural explica-se, talvez, por ser uma personagem rebelde, irreverente e” fora da caixa”, que pelo seu infortúnio, suscita a simpatia de leitores, espetadores e jogadores, apesar do seu perfil demarcado de vilão.

Assim, em convenções de BD, cinema e cosplay, por exemplo, a personagem Joker é extremamente popular, levando muitos fãs a escolherem-na para se disfarçar, mais até do que o seu oponente, Batman.

A origem da personagem

A origem da personagem é remota, estando associada quer à carta do baralho quer a um filme de 1928 (O Homem que Ri), baseado num romance de Vítor Hugo. De facto, reza a história que os criadores de Joker, Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Kane, ter-se-ão inspirado na personagem principal desse filme, Gwynplaine, e no seu sorriso permanente, para criar o mítico vilão, que em resultado da queda num tanque com produtos químicos sofreu uma transformação física profunda, adquirindo cabelo verde, pele muito pálida e o eterno sorriso, extremamente rasgado. Surgia deste modo o arqui-inimigo de Batman, que contrasta com o super-herói pela sua personalidade marcante, anárquica e caótica.

Joker nas plataformas de streaming

A grande popularidade dos filmes Joker (2019), Batman – o Cavaleiro das Trevas(2018) e Esquadrão Suicida (2021) levam a que várias plataformas de streaming : Netflix, Apple TV e Prime entre outras, os incluam nos seus catálogos.

A Max além de incluir todos estes títulos, disponibiliza também, graças ao seu contrato com a DC, uma série de animação para adultos dedicada a Harley Quinn, que retrata o período posterior ao fim do seu romance com Joker, e em que os dois vilões se tornam inimigos viscerais. A série caracteriza-se por ser campy, irreverente e extremamente bem-humorada.

Joker nos jogos

Ora bem, a popularidade, quer de Batman, quer de Joker, junto dos fãs levou a que o franchise chegasse também naturalmente aos jogos, diretamente influenciados pela BD e pelos filmes. Assim, são vários os títulos em que a personagem surge em destaque, como, por exemplo, no crossover Mortal Kombat vs. DC Universe (em que Joker é uma personagem convidada), no LEGO Video Games (onde todas as personagens se transformam em figuras Lego) ou no Batman: Arkham Asylum (mais fiel à BD clássica).

Nestes jogos, a personagem é apresentada como um anti-herói carismático e rebelde numa atmosfera sombria, que se alia a outros vilões igualmente disfuncionais, como Kano, Poison Ivy ou Scarecrow, para vencer o seu arquirrival e impor a sua lei de terror, reforçando o estatuto de melhor vilão de sempre.

Ora, se no Gaming o Joker que conhecemos tem uma conotação mais negra, no iGaming, a personagem Joker também é extremamente popular. No entanto, nestes jogos, o Joker não é inspirado no vilão da face transfigurada da DC, mas sim numa representação benigna e leve, inspirada na carta do baralho, onde a personagem da BD apenas foi beber o traço físico do sorriso e o facto de se transformar.

Efetivamente, o Joker das slots tem muitas caras porque assume muitas vezes o papel de símbolo wild, com capacidade de se converter noutros símbolos. É reminiscente dos bobos das cortes medievais, que também se transfiguravam, mudando de aparência para encarnar diferentes personagens. Dessa forma, entretinham e faziam rir os cortesãos, com os seus alaúdes, bolas e maças.

De facto, é essa a representação habitual do joker nas várias slots tradicionais de frutos, presentes nas plataformas especializadas em conteúdos de iGaming como a PokerStars Casino. Este é o caso, por exemplo, de jogos como Joker’s Jewels, Master Joker e Fire Joker, desenvolvidos por duas das maiores fornecedoras de software do ramo, Pragmatic Play e Play’n GO. Nestes jogos, que se caracterizam pelo software clássico e requintado, os Jokers são símbolos importantes, que, a par de pedras preciosas, frutos e barras de ouro, remetem os jogadores para as máquinas de slots físicas vintage.

A personagem do Joker tornou-se numa referência cultural, desde a década de 1940, na BD, televisão e cinema, dando origem a inúmeras franchises ao longo dos tempos. Porém, é curioso refletir sobre a origem da personagem e perceber como os seus criadores na BD a moldaram de forma a transformar-se no icónico vilão e inimigo de Batman, enquanto noutro tipo de conteúdos a personagem manteve os seus traços clássicos mais caraterísticos.

fotos pexels

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