Rock in Rio Lisboa está de volta ao Parque da Bela Vista com um apelo à diversidade

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Já falta pouco mais de um par de meses para acontecer o maior festival de música, o Rock in Rio Lisboa. Pela mão de Roberta Medida foi apresentado o alinhamento final que terá lugar entre os dias 18, 19 e 25 e 26 de Junho.

Depois de terem estado parados durante mais de dois anos, devido à situação pandémica que assolou o planeta, finalmente os festivais de música vão chegar aos grandes palcos. Obviamente que um dos mais aguardados, não só pelo alinhamento notável de cantores e bandas, bem como pelo fator histórico, é o Rock in Rio Lisboa, o evento que move multidões. A Casa de Pedra no Parque da Bela Vista foi o espaço escolhido para fazer a apresentação oficial, que nos deram um cheirinho do que iremos encontrar, com breves atuações de Sara Correia e Titica.

O StarsOnline marcou presença e falou com Roberta Medina, a figura de proa deste certame, que assinala para esta edição a estreia de um novo conceito no festival, a Rock Street: uma alameda de edifícios representativos do Mundo, sob o mote da diversidade que vem com mensagens para nos fazer refletir.

Roberta Medina não escondia a alegria de finalmente a música poder chegar a massas de festivaleiros que esperaram pacientemente que fossem levantadas as restrições. “Estou super-ansiosa. É uma grande responsabilidade e vai ser um grande momento e um ponto alto no calendário do país. Como a copa do Mundo é no segundo semestre, ganhamos como que uma responsabilidade acrescida para com 60 mil pessoas que ficaram três anos com o bilhete na mão. Queremos uma edição memorável.” adivinha.

“Ela trás o mundo inteiro numa só avenida”

Uma das grandes novidades é a estreia da Rock Street, um conceito já implementado em outros países e que agora chega também a Portugal, como nos explicou Roberta Medina: “Estamos agora a anunciar a Rock Street, que existe em outros países desde 2011 e já passou por vários continentes, desde África do Sul, Brasil, Inglaterra, etc. E desta vez vem com um olhar que nos parece importante enquanto sociedade, a pluralidade. Temos de reforçar o valor e importância das diferenças, não só da diversidade, parece que é só género e raça, mas não, é tudo cultura, gerações… ela é muito transversal. A Rock Street é muito diferente, pois não tem um tema só, mas aponta para a pluralidade e a programação vem focada nisso, no espetro da World Music. Ela trás o mundo inteiro numa só avenida.

“Guerra ninguém quer”

Obviamente, como é um festival global, não podíamos deixar passar em claro acerca da postura que o Rock in Rio tem sobre a guerra que grassa na Ucrânia: “Tivemos ainda a ponderar a possibilidade de anular esta conferência de imprensa, mas exatamente pelo tema dela é que decidimos seguir em frente. O que está a acontecer na Ucrânia, apesar de não ser intendida em política internacional, sei que guerra ninguém quer. E a valorização da diferença faria com que isto não acontecesse. Deveria-se respeitar mais as outras culturas e o ser humano numa visão mais humana. Se fosse assim, não estaria a acontecer isto. Uma razão para termos mantido.”, salienta.

Para esta edição, os cabeças de cartaz que atuarão no Palco Mundo serão Foo Fighters, The National, Liam Galagher, no dia 18, Black Eyed Peas, Ellie Goulding, Ivete Sangalo e David Carreira, no dia 19. Já nos dois últimos dias, teremos Duran Duran, A-Ha, Xutos e Pontapés e Bush, no dia 25. O último dia reservado para Post Malone, Anitta, Jason Derulo e HMB. Já na Rock Your Street, os destaques vão para Sara Correia, Bombino, Bruno Pernadas, Osmar Souleyman. Titica, Johnny Hooker e Idiotape. No palco Galp Music Valley, apresenta uma seleção essencialmente nacional, onde teremos Moulinex & Xinobi, Linda Martini, The Black Mamba, Funk Orquestra, Bárbara Tinoco, Edu Monteiro, Iza, Ney Matogrosso, Delfins, Mundo Segundo & Sam The Kid e Rebecca.

Texto: Eduardo César Sobral

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