Pela terceira vez na história dos Globos de Ouro, o ator subiu ao palco para receber uma estatueta. “É bom receber prémios, é sinal que as pessoas vêem e incentivam-nos a continuar”, disse nos bastidores.
A distinção terá tido um sabor especial, sobretudo, depois do susto do mês passado: lembre-se que, durante a peça “O Pai” no Teatro Aberto (Lisboa), João Perry sofreu um ataque isquémico que poderia ter sido fatal, caso conduzisse a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“Isto foi especialmente intenso, porque eu exagerei muito em trabalho. Há dois anos e meio que não fazia férias e fazia a vida estúpida de viver só em espetáculo e não viver o tempo. Agora até me sinto culpado para ter tempo… é um luxo. Há anos que não me acontecia…”, revela ter aprendido a lição.
Totalmente recuperado, pois foi “detetado a tempo e muito avisado”, mas “a idade faz apressar mais as coisas, pois há menos tempo”, confessa. E adianta: “Isto é como os alcoólicos: a pessoa pode deixar de beber, mas depois fica sempre a memória de como desligar. É uma adição eu gosto imenso de trabalhar é uma coisa perversa talvez, mas gosto”. A verdade é que “prefiro isso ao isolamento e ao silêncio, porque isso mantém-nos vivo”, defende João Perry.
Ainda assim, “Há convites que tive de recusar e parar, pois aconselharam-me ou ficava com boca lado ou pior… e isso eu não corro o risco porque não quero ficar dependente de ninguém”, diz ainda sem saber o que o futuro lhe reserva em termos profissionais.
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