Desfiles do 2º dia de ModaLisboa

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Luís Buchinho e a forte inspiração na Revolução de Abril

Para a colecção Outono/Inverno 2013/2014, Luís Buchinho inspirou-se no Portugal dos anos 70, tendo um foco especial na Revvolução de Abril, levada a cabo em Porugal, no ano de 74. 

Assim, a colecção baseia-se numa paleta de três cores: preto, vermelho e branco, que visa materializar a atitude revolucionária, a vontade de mudança e a afirmação de novos ideais.

“A questão da identidade é para mim um objectivo neste momento, como tal esta coleção é baseada em Portugal nos anos 70, com todas as mudanças que surgiram nessa década. O imaginário de ícones relacionados com a Revolução são trabalhados numa linha muito gráfica, onde impera um look forte, pragmático e afirmativo.” – afirmou Luís Buchinho.

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Silêncio, Tranquilidade, Maturidade, Religião… Proposta de Aleksandar Protic

Aleksandar Protic considera que o mundo da moda ainda não se adaptou às mudanças que estão a acontecer no nosso mundo e que em vez de abrandar está um mundo cada vez mais acelerado e menos interessante.

Talvez por pensar assim, o estilista tenha apresentado uma coleção baseada em quatro fortes palavras: silêncio, tranquilidade, maturidade e religião. 

Para materializar estas palavras, o criador optou por criar formas geométricas e estruturadas onde imperam o branco, o castanho e o preto.

“Silêncio, tranquilidade, maturidade, religião. Foram estas as palavras e os mood’s que me inspiraram a criar esta coleção” – revelou o criador.

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O Blackout de Os Burgueses

Eleutério e Mia são a dupla de criadores de Os Burgueses, que nesta colecção se inspiraram na profecia dos Maias, que afirmavam que iria haver um apagão no mundo, por forma a existir uma mudança de mentalidades.

“Segundo os Maias, iria existir um apagão como representação figurativa de uma mudança de consciência – um wake up call – a nível global. Inspirados pela profecia resolvemos criar o nosso próprio apagão no atelier… Há que começar por algum lado. A proposta?… É confiar” – revelaram Os Burgueses

Fique a conhecer toda a proposta na galeria de imagens que preparámos.

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Desfile de Pedro Pedro

O conceito surgiu de retratos de famílias de índios Norte Americanos e no aspeto moderno e minimal que o seu vestuário apresenta. Uma mistura entre o tribal e o ocidental, mas principalmente o lado andrógino, severo e atual com raízes na natureza muito fortes.

Uma coleção de opostos, entre o masculino e o feminino; o formal e o casual, a opulência e o despojado num resultado moderno e limpo, onde se destaca a natureza tátil dos tecidos.

Vanessa Martins, que já desfilou para o estilista foi uma das presenças notadas no Pátio da Galé.

“Já era fã de Pedro Pedro antes de ter desfilado para ele e continuo a sê-lo. Gostava muito de poder voltar a desfilar para ele, mas as coisas também tem que ser encaradas com qualidade e não fazia sentido desfilar para ele sempre. Fui convidada daquela vez e claro que espero voltar a sê-lo” – afirmou Vanessa Martins

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As propostas de Alexandra Moura

É uma coleção composta por linhas retas, simples, e tubulares. Uma silhueta limpa que comunica com a simplicidade e a organização de uma forma geométrica – o quadrado.

Nesta coleção o importante é a matéria-prima que ajuda a enaltecer as formas simples da própria modelagem no corpo humano. As palavras de ordem são o conforto, a simplicidade, como que uma segunda pele que veste o novo ser humano, um ser humano que já tem a sua realidade numa quarta dimensão, ou para além disso. A origem de tudo, o lado animal, tribal, natural, fazem-nos viajar pelas formas e texturas…como se de uma nova raça humana se tratasse com um novo código genético, um voltar a nascer e começar tudo do princípio.

Os acessórios trazem uma forte componente estética e simbólica, a utilização do metal dourado que nos reporta ao Ouro. A simbologia que traz para esta coleção é a origem de tudo, a beleza e a proteção.

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O romantismo de Nuno Baltazar

Inspirado no filme de 1992 “Orlando”, Nuno Baltazar apresentou uma coleção romântica e colorida.

A construção de um novo Orlando neste século, uma interpretação da viagem do nobre inglês pelos 400 anos de vida e a projeção do como seria hoje este personagem andrógeno, as suas oscilações entre looks femininos ou masculinos, na procura de uma nova identidade.

Essa é também a procura desta coleção, novas experiências de volume e cor, mantendo a identidade da marca. Reinterpretações depuradas de detalhes de época, linha Coccon e H, golas de grande dimensão e especial destaque para o trabalho de ombros e mangas, pregas e aspectos masculinos. Crepe e estruturas compactas de lãs coordenadas com boclées, jacquard lurex, astracan e telas de cupro, viscose e seda natural. Uma paleta direta, preto, caramelo, musgo e off white, esmeralda, fuschia e wine.

Os acessórios reforçam o caráter depurado e masculino da coleção com botins, clutches e cintos em peles clássicas em preto e caramelo.

Desta vez Nuno Baltazar não teve na primeira fila a sua musa inspiradora, Catarina Furtado, por esta se encontrar a trabalhar. 

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Ricardo Preto encerra 2º dia de Moda Lisboa

Saudade de ser moderno, parece uma contrariedade. Revisitar os hieróglifos geométricos de Kandinsky, do Bauhaus e dos seus primos cubistas. Os primeiros e ainda vanguardas dos nossos tempos. 

Quem hoje iria recuperar a casa E-1027 de Eileen Gray? Quem imaginamos sentar-se na sua sala mítica? Quem irá quebrar de novo as regras mais tradicionais? Alguém urbano de visão periférica cujo universo abraça e articula vários mundos satélite em tempos diferentes. 

Ela… 

Sim, ela veste pixeis têxteis. 

Ela é longa e reta. 

Ela iria escolher marrocans de seda e lã. Fazendas de caxemira. Misturaria mostarda com conhaques, azuis com preto como Mondrian… E o branco?… O branco seria uma janela onde o futuro era misto de aventura e déjàvu. Parece ser aqui que esta mulher passeia e se movimenta. As suas meias tratariam as pernas esguias. Sim, de certeza que as meias têm nano partículas de ouro com as moléculas de ácido hialurónico. São anti-oxidantes, hidratantes que a nutrem e a aquecem enquanto ela anda por sítios, onde só ela anda… De certeza que caminha nuns sapatos firmes. Estes sapatos são a base do seu corpo, da sua estrutura… do seu equilíbrio…

Na plateia do Pátio da Galé estiveram muitas caras conhecidas para assistir ao desfile deste criador, como foi o caso de Alda Gomes, Adriane Garcia, Catarina Gouveia, Miguel Guilherme, Lili Caneças, entre outros.

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