Cleonise Malulo: “É bom saber que o meu trabalho agrada e faz as pessoas felizes”

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Cleonise Malulo, 46 anos, a Aida de “Alma & Coração”, novela da SIC, entra-nos todos os dias casa dentro e a sua interpretação tem dado nas vistas. Cumprir um desejo antigo de chegar à representação, foi o culminar de um percurso longo de tentativas – com alguns “sim” e muitas “negas” – para esta angolana de olhos expressivos.

O que sentiu quando soube que iria participar na novela Alma & Coração?

R: Senti uma alegria muito grande, posso mesmo dizer que foi algo que não consigo descrever.

Foi uma completa surpresa para si?

R: Sim, foi mesmo uma grande surpresa.

Concorreu a um casting junto com tantas outras actrizes e Cleonise ficou com o trabalho. Sente que chegou a sua hora?

R: Depois de tantos anos de batalha e persistência, com certeza que Deus assinou 🙂

Como percebe que o publico está a reagir pelo seu papel?

R: Pela abordagem das pessoas na rua! Dizem que gostam muito do meu trabalho e que gostariam de me ver mais vezes noutras novelas.

É o reconhecimento pelo seu trabalho, e o gosto pela representação, que a motiva a continuar?

R: Mais do que o gosto pela representação é o reconhecimento do meu trabalho! É bom saber que o meu trabalho agrada e faz as pessoas felizes. Não há motivação melhor.

Com algumas participações em televisão, como Paixão (2017), Amor Maior (2016), Depois do Adeus (2013), entre outras, vamos ver a Cleonise em outros papéis com mais regularidade?

R: Confesso que este é o meu desejo, mas vou esperar haver o que o futuro me reserva. Tenho fé e acredito que sim.

Tem já previsto algo que queira partilhar connosco..?

R: Ainda não é nada certo…

Natural de Angola onde nasceu 1972, trocou Luanda por Lisboa aos 19 anos. Começou por trabalhar como bailarina no Cabaret Maxime e também no Parque Mayer, tendo tido vários outros trabalhos ao longo da sua vida. Como é que chegou a ser actriz?

R: Comecei numa participação no elenco adicional de uma sitcom para Angola ” Makamba Hotel” a partir daí ficou aquele bichinho da representação e comecei a ir aos castings tentar a minha sorte.

Enquanto as oportunidades para representar não surgiam, Cleo (como gosta de ser tratada) teve tantas vidas como ser jardineira na Câmara Municipal de Oeiras, bailarina no Casino Estoril, dona de uma loja de marroquinaria em Caxias, empregada doméstica, baby sitter, empregada de restaurante e cantoneira.

A representação é o seu objectivo principal ou é um plano B?

R: Durante muito tempo foi o meu plano B. Neste momento quero que seja o objectivo principal e vou lutar por isso.

É a mais velha de cinco irmãos por parte da mãe e mais cinco por parte do pai. Foi uma infância difícil?

R: Não, muito pelo contrario!! É bom ter muitos irmãos e poder mandar neles todos😊

Apesar de ter saído de Luanda muito nova, tem trabalhado esporádicamente em Angola. Vê-se a regressar ao país onde nasceu?

R: Não está fora de questão, fica nas mãos de Deus.

Como vê esta administração de João Lourenço?

R: É uma resposta difícil visto que saí de Angola já há algum tempo e nunca senti, na pele, as dificuldades de quem vive o dia-dia do país, o modo de governação por parte dos dirigentes antigos ou actuais.

Considera que esta nova Angola está no caminho certo?

R: Quero acreditar que sim! Não podemos perder a esperança…

©Paulo Fernandes/starsonline®

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